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Como identificar anúncios falsos da Black Friday nas redes sociais?

Confira a nova coluna do doutor em Comunicação e Linguagens, Moisés Béio Cardoso

A Black Friday é um dos momentos mais esperados do ano para quem gosta de promoções. Mas, junto com as ofertas legítimas, vem também uma enxurrada de anúncios falsos, especialmente nas redes sociais.

Um estudo revelado pela Reuters mostrou que cerca de 10% da receita da Meta, empresa dona do Facebook e do Instagram, vem da veiculação de anúncios fraudulentos. O que representa cerca de 16 bilhões de dólares apenas em 2024.

Esses anúncios ilegais incluem desde esquemas de investimento e cassinos online até vendas de produtos médicos não autorizados. 

E, claro, nas épocas de grandes promoções, como a Black Friday, o foco dos golpistas muda: eles passam a mirar diretamente o consumidor comum, com ofertas irresistíveis que levam a sites falsos.

Hoje vamos entender como esses anúncios funcionam e como driblar essas armadilhas. Fique com a gente e boa leitura!

O que são anúncios falsos?

Os anúncios falsos são propagandas criadas para imitar campanhas reais, usando imagens de marcas conhecidas e preços muito abaixo do normal. 

Eles aparecem como se fossem legítimos, mas direcionam o usuário para sites falsos ou perfis de golpistas.

Esses anúncios podem prometer celulares por metade do preço, passagens aéreas com “últimas vagas” ou até mesmo promoções relâmpago com contagem regressiva. 

A ideia é pressionar a vítima a comprar rápido, sem tempo para verificar a autenticidade.

Sinais de alerta nas redes sociais

Os golpes digitais estão cada vez mais sofisticados, mas alguns sinais continuam evidentes. Veja o que deve acender o alerta:

-Erros de português no texto do anúncio ou no site da promoção;

-Logotipos distorcidos ou diferentes do padrão da marca;

-Links estranhos (com letras trocadas ou domínios pouco conhecidos);

-Contas recém-criadas, com poucos seguidores ou publicações;

-Comentários genéricos, muitas vezes feitos por robôs ou pessoas enganadas;

-Pedidos de PIX direto para aproveitar a oferta;

-Uso de “deep fake” (técnica avançada de manipulação de mídia que utiliza inteligência artificial) para fazer vídeos falsos com celebridades e influenciadores, nos anúncios. Os golpistas usam a credibilidade de uma figura pública para dar chancela no seu golpe. Desconfie de tudo!

Uma boa prática é clicar no perfil do anunciante e verificar se a conta é oficial. Muitas marcas têm o selo azul de verificação, mas, mesmo assim, vale conferir se o link leva ao site correto, porque esse mesmo selo de validação pode ser comprado pelos golpistas.

Como se proteger de anúncios falsos

Algumas medidas simples ajudam a fugir das armadilhas:

-Pesquise o nome da loja no site Reclame Aqui ou em buscadores antes de comprar;

-Desconfie de preços muito baixos e promoções com contagem regressiva;

-Não clique diretamente no link do anúncio, entre no site oficial da marca pelo navegador;

-Ative alertas de segurança no seu celular e no aplicativo do banco;

-Denuncie anúncios suspeitos nas próprias redes sociais.

De acordo com o TechTudo e a CNN Brasil, golpes envolvendo anúncios falsos estão entre os mais comuns nas redes sociais e seguem crescendo a cada ano, especialmente durante datas comerciais (Black Friday, Natal, Dia das Crianças, etc).

O impacto financeiro e a responsabilidade das plataformas

Um estudo citado pela Reuters reacendeu o debate sobre o papel das redes sociais nesse cenário.

Se 10% do faturamento da Meta vem de anúncios ilegais, isso mostra como os golpistas estão infiltrados no próprio sistema de publicidade digital. 

Mesmo com políticas de verificação e denúncias, a filtragem ainda falha, permitindo que milhares de anúncios fraudulentos circulem por dias antes de serem removidos.

Órgãos de defesa do consumidor e autoridades internacionais cobram maior rigor na moderação e transparência dessas plataformas, especialmente em períodos de alto volume de anúncios, como a Black Friday.

Conclusão: A atenção ainda é a melhor defesa

As redes sociais são hoje o principal meio de divulgação das promoções, mas também o principal campo de ação dos golpistas.

Com o aumento dos golpes digitais e a dificuldade de fiscalização, a melhor defesa ainda é ficar com aquela “pulga atrás da orelha”.

Na dúvida, sempre confirme se o site é verdadeiro antes de fazer qualquer pagamento.

Porque, na Black Friday, o melhor desconto é não cair em golpe.

Por hoje ficamos por aqui e nos vemos semana que vem. Valeu!

Para saber mais detalhes, confira o vídeo: 

Saiba mais sobre Moisés Béio Cardoso

“Sempre fui apaixonado pelas temáticas que envolviam a comunicação: vídeos, fotos, revistas, e eventos.”, diz Moisés Béio Cardoso, doutor em comunicação e linguagens. Ele nasceu em Blumenau no ano de 1977 e se destacou na área de comunicação e tecnologia.

Atualmente, ele é consultor de comunicação digital e palestrante. Além disso, atua como investidor e Trader na B3.

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