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Cenário Eleitoral de SC: pesquisa mostra vantagem de Jorginho Mello para o governo e disputa fragmentada no Senado

Instituto Real Time Big Data fez um levantamento de intenções de voto e índices de rejeição e aprovação do governo


Instituto Real Time Big Data realizou uma pesquisa sobre o cenário eleitoral de Santa Catarina. Foram levantadas as intenções de voto para o governo do Estado e para o Senado (1º e 2º voto). O instituto também coletou índices de rejeição e de aprovação do governo estadual.

O período de coleta da pesquisa foi de dois dias, 2 e 3 de dezembro, e 1.200 eleitores de Santa Catarina foram ouvidos. A pesquisa tem 95% de nível de confiança e a margem de erro é de 3 pontos, para mais ou para menos. 

Governo: Jorginho Mello lidera com folga

A pesquisa mostra um cenário bastante favorável à reeleição de Jorginho Mello (PL). Em dois cenários estimulados, o governador aparece com 48 % a 49 % das intenções de voto, contra 22 % a 25 % do prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD).

O petista Décio Lima, atual presidente do Sebrae, fica em terceiro, com 14 %. Outros nomes, como o prefeito de Joinville Adriano Silva (Novo), Marcos Vieira (PSDB) e Afrânio Boppré (PSOL), não passam de 2 %.

Essas intenções de voto indicam que Jorginho poderia até vencer no primeiro turno, pois seu percentual está próximo de 50 % e supera a soma de todos os concorrentes. 

No entanto, o levantamento detectou uma fatia relevante de eleitores que pretendem anular ou votar em branco (7 % no cenário 1 e 10 % no cenário 2) e outra parcela que não soube ou não respondeurealtimebigdata.com.br. Esse contingente é importante porque pode permitir variações durante a campanha.

A pesquisa também mediu a rejeição: Décio Lima é o mais rejeitado (52 %) e Jorginho Mello aparece em segundo (28 % a 30 %), mostrando que, apesar da liderança, o governador tem uma base de eleitores que declararam não votar nele em nenhuma hipótese.

Aprovação do governo

O desempenho eleitoral de Jorginho é apoiado por uma avaliação muito positiva da administração estadual.A Real Time Big Data apurou que 75 % dos entrevistados aprovam o governo, enquanto 20 % desaprovam.

Quando a avaliação é detalhada, 58 % classificam a gestão como ótima ou boa, 25 % como regular e 16 % como ruim ou péssima. Essa popularidade explica parte da vantagem eleitoral do governador e tende a manter a base conservadora unida.

Potenciais desafios

Apesar da folga nas intenções de voto, a pesquisa aponta dois desafios para a campanha de Jorginho Mello:

Rejeição e segundo turno: além de ser o segundo nome mais rejeitado, o governador terá de lidar com críticas naturais a quem busca reeleição. O texto do portal SC em Pauta chama atenção para o fato de que 28 % dos eleitores declararam rejeitar Jorginho. À medida que a disputa se polarizar, adversários podem tentar elevar essa rejeição para forçar um segundo turno.

Reservatório de votos indecisos: cerca de 15 % dos entrevistados declaram votar nulo, branco ou simplesmente não respondem, criando um reservatório de votos que pode ser mobilizado por candidatos com menor rejeição, como João Rodrigues, segundo colocado e com rejeição de apenas 14 %.

Senado: corrida fragmentada e racha na direita

Ao contrário da disputa pelo governo, a corrida ao Senado em Santa Catarina aparece muito fragmentada, com quatro cenários testados pelo Real Time Big Data.

O levantamento foi motivado pelo impasse dentro da base conservadora: o expresidente Jair Bolsonaro defende a candidatura do filho Carlos Bolsonaro (PL), o que dividiu o apoio que o partido já dava ao senador Esperidião Amin (PP).

A deputada Caroline de Toni (PL), considerada nome preferido por parte da bancada bolsonarista catarinense, também aparece nos cenários.

Cenário 1

– Carlos Bolsonaro (PL): 27 %
– Esperidião Amin (PP): 21 %
– Décio Lima (PT): 14 %
– Tânia Ramos (PSOL): 5 %
– Carlos Chiodini (MDB): 4 %
– Clésio Salvaro (PSD): 3 %
– Gilson Marques (Novo): 2 %
– Vinícius Lummertz (MDB): 1 %
– Nulo/Branco: 11 %
– Não sabe/não respondeu: 12 %

Nesse cenário, a candidatura de Carlos Bolsonaro aparece na frente, mas com grande dispersão de votos e fatia elevada de indecisos, indicando margem para mudanças.

Cenário 2

– Carlos Bolsonaro (PL): 25 %
– Caroline de Toni (PL): 22 %
– Décio Lima (PT): 15 %
– Tânia Ramos (PSOL): 5 %
– Carlos Chiodini (MDB): 5 %
– Clésio Salvaro (PSD): 3 %
– Gilson Marques (Novo): 2 %
– Vinícius Lummertz (MDB): 1 %
– Nulo/Branco: 10 %
– Não sabe/não respondeu: 12 %

Este cenário testa a hipótese de o PL lançar simultaneamente Carlos Bolsonaro e Caroline de Toni. Os dois nomes do PL concentram quase metade das intenções de voto e deixam Amin fora da disputa pelas primeiras posições

Cenário 3

– Caroline de Toni (PL): 24 %
– Esperidião Amin (PP): 21 %
– Décio Lima (PT): 14 %
– Tânia Ramos (PSOL): 5 %
– Carlos Chiodini (MDB): 4 %
– Clésio Salvaro (PSD): 3 %
– Gilson Marques (Novo): 3 %
– Vinícius Lummertz (MDB): 2 %
– Nulo/Branco: 12 %
– Não sabe/não respondeu: 12 %

Quando Carlos Bolsonaro está fora, Caroline de Toni herda uma parte significativa de seu eleitorado, ficando em primeiro lugar, com Amin mantendo os mesmos 21 %. Isso reforça a tese de que há um contingente conservador disposto a votar em qualquer postulante do PL.

Cenário 4

– Carlos Bolsonaro (PL): 21 %
– Caroline de Toni (PL): 18 %
– Esperidião Amin (PP): 14 %
– Décio Lima (PT): 14 %
– Tânia Ramos (PSOL): 5 %
– Carlos Chiodini (MDB): 4 %
– Clésio Salvaro (PSD): 2 %
– Gilson Marques (Novo): 2 %
– Vinícius Lummertz (MDB): 1 %
– Nulo/Branco: 10 %
– Não sabe/não respondeu: 9 %

Neste cenário, todos os principais concorrentes aparecem embolados. Como cada estado elegerá dois senadores nas eleições gerais de 2026 (o Senado renova dois terços de suas cadeiras), o segundo voto dos eleitores pode ser decisivo. A pesquisa mostra que, mesmo com candidatos do mesmo partido, a divisão do voto conservador ainda deixa espaço para Décio Lima e Esperidião Amin brigarem por uma das vagas. A parcela de votos brancos, nulos e indecisos continua expressiva.

Reação política

A entrada de Carlos Bolsonaro na corrida senatorial causou tensão na direita catarinense. A decisão do expresidente Jair Bolsonaro de impor o filho como candidato rachou a base conservadora, que inicialmente pretendia apoiar um nome do PL (Caroline de Toni) e garantir a outra vaga para Esperidião Amin. O governador Jorginho Mello, também do PL, precisa equilibrar essa disputa para manter a coalizão com o PP na Assembleia Legislativa.

Panorama geral e projeções

Os números da Real Time Big Data indicam que, a menos de um ano das eleições de 2026, o cenário catarinense combina estabilidade no Executivo e volatilidade no Senado.

A forte liderança de Jorginho Mello e sua aprovação elevada sugerem um ambiente favorável à reeleição, mas a presença de 15 % de indecisos ou de votos nulos/brancos e o crescimento possível de João Rodrigues podem levar a uma disputa em segundo turno.

Já para o Senado, o racha interno no campo conservador torna a corrida imprevisível. O eleitorado de direita é majoritário no estado, mas ainda não está definido entre Carlos Bolsonaro e Caroline de Toni, enquanto Esperidião Amin tenta garantir sua vaga histórica e Décio Lima conta com o voto da esquerda para avançar.

O resultado dependerá de negociações entre partidos, alianças e da capacidade dos candidatos de mobilizar os cerca de 30 % de eleitores que hoje se declaram indecisos ou propensos a anular o voto. 


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